quinta-feira, 29 de julho de 2010

Orquídeas Amarelas

Uma noite, um esbarro, um olhar, um beijo... bastou um toque para a memória não esquecer jamais das orquídeas amarelas,das juras de madrugada. Buscava nesse corpo o suor de outro,buscava nessa boca o beijo de outro, deslumbrava no sotaque as mesmas palavras que o outro dizia...mas não há mais um , nem outro. Há apenas ela querendo e desejando sozinha.




Queria poder acreditar no olhar,
No teu suspiro após o beijo
Nas palavras que jogava aos meus ouvidos durante toda aquela madrugada fria.
Queria receber tuas flores mesmo não gostando de tê-las,
Mergulhar no mar de fantasias e fazer de cada gota realidade.
Queria te transportar para um mundo que é só meu
Ser egoísta,sádica,infinita sem tuas demandas
Queria estar dentro e perto...
Desejando corpo e alma
Te permitir a leitura dos meus olhos despidos,
E desvendar as incógnitas existente nos teus,
Despir junto a tua roupa as mentiras.
Queria que fosse real todas as tuas belas versificações,
Toda a idealização.
Queria teus prazeres,desejos,sentimentos, fetiches,
Na verdade queria aquele mesmo abraço...
O perfeito encaixe...
Queria a verdade,mesmo que ela fosse dor,
Mesmo que ela fosse casualidade.
Queria a entrega e a intensidade
 A não partida,o mesmo sotaque em diferentes dias
O mesmo amor em diferentes camas
O mesmo desejo em diferentes momentos.
Queria me permitir enganar e enganar-me
E não duvidar até mesmo da verdade do teu nome...
Despir-me de todo ceticismo e desconfiança
Desvendar cada parte do teu corpo
Te deixar deslumbrar cada movimento novo
Te mandar colocar as orquídeas no vaso com água
Te ludibriar...
Queria esquecer dos sentimentos e lembranças que me fez recordar...

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